ARTIGOS

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Reflexão para o Sábado Santo

Jesus ainda permanece no sepulcro, por isso é dia de profundo silêncio e descanso. Segundo uma antiqüíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor. É a mãe de toda as vigílias. A Vigília Pascal é o cume do ano litúrgico. Sua celebração ser realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. É a Vigília Solene, cuja ação forma uma unidade iniciando com a Celebração da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e terminando com Liturgia Eucarística.

O que a Igreja nos transmitiu até a atualidade é que o Sábado após a morte de Jesus é o dia do grande silêncio e é esta a atitude mais coerente para com ele.

Imaginemos que, pelo que nos ensina a Santa Igreja, falando na oração do "Creio" que Jesus "desceu à mansão dos mortos", que ele desceu ao inferno. Aqui é interessante citar um trecho de uma antiga homilia no grande Sábado Santo, feita no século IV e lida até hoje neste dia, durante o Ofício das Leituras, na Liturgia das Horas: "Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos".
A grande mensagem deste dia, mesmo que sem falar num sentido histórico, vemos que aqui a história da salvação se faz plena: o Filho de Deus, figura do Bom Pastor, resgata por sua morte, a liberdade e a condição de adoção filial perdida no Paraíso, e o faz a começar dos primeiros pais. Por mais que estes sejam figuras mitológicas, para os seguidores de Jesus, são arquétipos de uma verdadeira guinada existencial para Deus!

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