ARTIGOS

quinta-feira, 17 de março de 2011

FORMAÇÂO NA FÉ

QUARESMA É UM TEMPO TRISTE?

A Quaresma para muitos é um de um tempo triste, onde meditamos sobre os sofrimentos de Jesus. Tempo de pedir perdão a Deus e fazer penitência. Chamando nossa atenção para este aspecto, o papa Bento XVI, em sua homilia da Quarta-feira de Cinzas, assim falou: “Geralmente, na opinião comum, este tempo corre o risco de ser caracterizado pela tristeza, pela insipidez da vida. Ao invés, ele é dom precioso de Deus, é tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja, é o itinerário em direção à Páscoa do Senhor.”

Se observarmos as palavras do Papa, percebemos que a característica principal da Quaresma não é o de ser um tempo de jejuns, mortificações e sacrifício com os quais participamos dos sofrimento de Cristo. O essencial na Quaresma é sua dimensão pascal, ou seja, a caminhada da comunidade para a Páscoa. Com a Páscoa a igreja celebra o novo nascimento dos que serão batizados, renova a vida dos foram batizados e a reconciliação pecadores arrependidos. Assim a caminhada quaresmal prepara e ensaia a grande festa da Páscoa. Sem essa ligação, a Quaresma perde sua força espiritual.

O papa conclui sua homilia da Quarta-feira de Cinzas convidando os fiéis a vivermos o itinerário com confiança e alegria uma vez que: “Quarenta dias nos separam da Páscoa; esse tempo "forte" do ano litúrgico é um tempo propício que nos é dado para esperar, com maior empenho, a nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo o coração ao dócil acolhimento da vontade divina, para uma prática mais generosa da mortificação, graças à qual voltar-se mais largamente em ajuda ao próximo necessitado: um itinerário espiritual que nos prepara a reviver o Mistério pascal.”

Fernando Leite
Fonte: Homilia de Bento XVI da Quarta-feira de Cinzas
Fonte: Manual da CF 2002        

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